quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não me sinto confortável pra ser feliz. Nesse planeta azul que um dia foi tranquilidade, hoje é anglo-saxã essa imensa azulidade. Se instalou a força bruta, motora da iniquidade, apoiando-se em homens-desumanos brotou, floriu e murchou a nova felicidade. Plástico duro de razão, duro metal de sonhos, invoco a força das sombras para o sentir dar vazão, vagando louco pelos cantos desse mundo cão. Quando secarem os rios, e depois morrerem os animais, e toda a terra enfim, segundo os religiosos ainda haverá parte de mim, de nós, a vagar pelo vazio-planeta, cheio de vermes que não têm mais consistência. Imagino nossa missão após o apocalipse, milhares de espiritos vivos a observar a indecencia! Para além desse eclipse, depois de tudo que é efêmero, nesse novo tempo que surgirá, somente almas sem rumos quedarão a observar a imensa estupidez insana que foi nossa existência!

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